Nascido em São Paulo, no dia 29 de junho de 1968. Iniciou carreira como locutor, aos 17 anos, gravando comerciais na Decson Publicidade, em Ribeirão Preto.
Em julho de 1987, foi contratado pela Rádio Diário FM, da mesma cidade. Aprovado no vestibular de jornalismo do Instituto Metodista de Ensino Superior, em 1988, voltou a São Paulo e se tornou locutor da Rádio 97 FM, de Santo André. Três meses mais tarde, foi convidado para trabalhar na Rádio Antena Um, onde permaneceu até 1993. Em 1990, entrou para a equipe de jornalismo da Rádio Capital AM onde atuou como locutor e repórter até outubro de 1991.
Em novembro do mesmo ano, foi contratado pela TV Gazeta, para produzir o Jornal Gazeta Nacional. Em 1992, o jornalista Celso Cardoso foi promovido para a reportagem e, em 1998, foi efetivado na apresentação do programa Gazeta Esportiva. Em 2000, assumiu a edição e apresentação da Editoria de Esportes do Jornal da Gazeta, ancorado pela jornalista Maria Lydia Flândoli. Foi Âncora do Programa Mesa Redonda Nova Geração, em 2002. Na Rádio Gazeta AM, participou da apresentação do programa Disparada no Esporte em 2005 e 2006.
Como professor, foi docente de prática de locução da Radioficina, em 1991 e no Senac, no período entre 1992 e 1998. Atualmente ministra o Curso de Locução para Telejornal na Faculdade Cásper Líbero, no Comunique-se e no Espaço WN, atividade que o jornalista concilia com a apresentação do programa Gazeta Esportiva e do Jornal da Gazeta.
O que é o futebol representa para você? O futebol é uma das manifestações populares mais incríveis que eu já conheci. O poder de mobilização provocado pela paixão pela bola é impressionante. No Brasil você vê torcedores em grupo à espera de jogadores perdedores nos aeroportos, mas não vê protestos contra o uso inadequado do dinheiro público, por exemplo. Sem falar no caráter democrático que o futebol sugere. Une negros e brancos, pobres e ricos...
Qual o papel da torcida no jogo? Ela realmente pode mudar uma partida?
Sem dúvida alguma, embora não goste da postura da torcida brasileira. Seja em partidas envolvendo clubes ou envolvendo a seleção. Torcer é dar suporte, é apoiar. É o que faz a torcida do Boca Juniors, por exemplo, que independentemente de quem esteja jogando ou do resultado da partida canta o tempo todo, incentivando os jogadores. Aqui você não tem torcedores e sim experts. Cidadãos que vão aos estádios e se julgam melhores que o técnico. Por mais que ele seja vitorioso, não precisa muito pra ser chamado de "burro". Além do mais, quando o time está mal não há apoio e sim vaias. Já vi torcedores vaiando o time com 15 minutos de jogo. Isso prejudica o time que ele, no fundo, quer que vença. Os jogadores sentem, ficam mais ansiosos e têm maiores chances de errar.
Quais as mudanças que o futebol sofreu ao longo dos anos?
A questão física! Os jogadores são mais fortes, correm mais, marcam mais. Um jogador talentoso se não estiver bem fisicamente não vai render o quê renderia no passado. O profissionalismo e os salários inflacionados dos grandes craques também merecem destaque. Muitos craques do passado morreram na pobreza. Hoje há muitos jogadores limitados com salários extraordinários.
Qual a importância de um espaço como o Museu do Futebol?
A possibilidade de reverenciar jogadores do passado, a história dos clubes. Conhecer melhor àqueles que construíram a história do futebol no Brasil. Conhecido mundialmente como o País do futebol, o país carecia de algo assim. Acho que não só o futebol, mas outras referências culturais poderiam ser atendidas por intermédio de um museu. A música popular, o samba, o rádio, a própria TV. O Brasil ainda é um país sem memória.
No museu, os visitantes podem ouvir gols pelas vozes de locutores famosos, como José Silvério e Osmar Santos. O que você acha desse reconhecimento?
Fantástico! Todo reconhecimento deve ser feito em vida, enquanto o homenageado tem o privilégio de curtir a homenagem. Além dos mais, ao lado de Fiori Gigliotti são os maiores narradores do rádio brasileiro.
Quais os melhores jogadores da história e quais os melhores que viu jogar?
Para mim, os melhores da história são Pelé, Maradona, Eusébio, Puskas , Cruyff e Zidane. Os melhores que eu vi jogar, pela ordem são Maradona e Zidane.
Além do futebol, (esporte considerado o preferido da massa) o museu fala um pouco dos grandes escritores de diversas décadas, como Mário de Andrade e também toca MPB.Você acredita que atitudes como essas podem incentivar as pessoas a conhecerem melhor esse tipo de cultura do nosso país?
São culturas que sempre conviveram em harmonia. Alguns equívocos foram se solidificando com o tempo e foi criada a errônea sensação de que o intelectual trata o futebol com preconceito e de que não há vida inteligente no futebol. A mescla na iniciativa do museu resgata essa verdade e ratifica quão democrático pode ser o futebol.
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