Finalíssima de campeonato no interior mineiro e o time da casa precisava desesperadamente da vitória. O empate daria o título ao arqui-rival.
Para piorar as coisas, um problemão: Joca, o grande craque da região, o Pelé da época, muito gripado, não podia jogar. A pedido do técnico, fica no banco de reservas, apenas para intimidar o adversário.
Rola a bola e o jogo é tenso, fechado, nada de oportunidade de gol para nenhum dos times. Já, no finalzinho, o técnico, em desespero, chama o Joca e pede:
- Vai pro sacrifício, meu craque! É tudo ou nada. Só você pode nos salvar!
E o nosso herói entra em campo, aos 41 minutos do segundo tempo. Aos 44, em um contra-ataque, o ponta direita Fumaça vai ao fundo e cruza: Joca mata a bola no peito, tira o beque da jogada e dispara...
A torcida se levanta, os locutores enchem os pulmões para gritar gooool!...
De repente, os refletores do estádio se apagam... Ninguém consegue ver a conclusão do lance... Pânico geral, somente cinco minutos depois as luzes começam a voltar... Em meio à confusão, a bola sumiu.
E, afinal, o que aconteceu?
Sereno e impassível, o juiz se dirige para o centro do gramado...
Os repórteres o cercam:
- O que foi, seu juiz?
E ele, com toda a segurança:
- GOL!
Mas ninguém viu a bola entrar após o chute do Joca, argumentam os repórteres atônitos e os adversários enfurecidos...
E o juiz, com a maior calma:
- Vocês que acompanham futebol sabem muito bem: "DALÍ, O JOCA NÃO PERDE!",
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