O presidente do XV de Jaú, José Antônio Construtor de Oliveira, pediu licença do cargo por uma semana na tarde de ontem. A decisão foi tomada após reunião de Oliveira com o primeiro vice-presidente, Pedro Aparecido Lopes Tótene, o Pedro Quatiguá, depois do empate em 2 a 2 com o Taboão da Serra, no Jauzão, que consolidou o rebaixamento do clube jauense.
"Conversei bastante com o presidente. Ele estava nervoso e com problemas de saúde. Sugeri que ele se afastasse e que viajasse com a família para descansar e pensar no futuro do clube com tranquilidade", revelou Pedro Quatiguá. O vice-presidente acredita que todos devem aprender com as adversidades.
Somente na semana que vem, com o retorno do presidente, o clube decide se disputa o Campeonato Paulista Sub-20, em agosto, e elabora o planejamento para o restante do ano e para 2013. De acordo com o vice-presidente, Oliveira fica na presidência do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú até o final do mandato – que acaba em novembro.

Luto

A maioria dos jogadores que disputaram o Campeonato Paulista da Série A-3 pelo XV de Jaú estiveram na tarde de ontem no Estádio Zezinho Magalhães para receber a rescisão contratual. O clima era de luto em virtude do rebaixamento e havia pouca interação entre o grupo. Muitos jogadores preferiram não conceder entrevistas.
O jauense e zagueiro Dú Lopes (que defendeu o Barretos em 2004)comentou que gostaria de ter tido um domingo de Páscoa mais alegre. "Minha família e meus filhos estavam todos assistindo ao jogo. É triste, como jogador e como torcedor. Muita coisa deu errado. Demoramos muito para reagir no campeonato", observa. Ele diz que já tem propostas de outras equipes.
O atacante Fabinho, que também mora em Jaú com a família, ressalta que é preciso ver onde o clube errou para repensar o futuro. "Sei que o jauense gosta de futebol. É muito ruim ver algumas cenas na cidade, o lamento do torcedor. Não tenho muito o que dizer nesse momento. É pensar para a frente", observa.
Na opinião do zagueiro Dias, todo o elenco honrou a camisa do XV de Jaú e se esforçou para segurar a vitória diante do Taboão da Serra, que garantiria a permanência na Série A-3. "Ninguém veio aqui para passear. Somos profissionais. Nós jogadores lutamos, mesmo com dificuldades. Já participei de outros rebaixamentos e é preciso ter tranquilidade", afirma.