APARÍCIO VIANA
No futebol, Aparício Viana foi tudo: juiz, jogador, técnico e até presidente de clube. Era uma figura popular, quase folclórica. Quando treinava o Força e Luz foi vice campeão gaúcho em 1947.
Se o jogo era difícil Aparício botava o 38 na mala e caminhava para o campo. Se o jogo era maré mansa, ele levava com piadas.
Estádio Passo de Areia, em Porto Alegre. A torcida juntinho ao campo. Internacional e São José era o jogo. O juiz, Aparício Viana.
Ele marca um escanteio contra o São José e um torcedor não fez por menos:
– Aparício, seu gato. Eu te conheço.
Aparício interrompe o jogo. Põe o apito no bolso. Jogadores e torcedores aguardam. Silêncio. Aparício se aproxima do alambrado, chega bem perto do torcedor que gritou. Abre os braços, atira a barriga para frente, e grita para que todos ouçam:
– E daí ? Vantagem era eu te conhecer.
DE GOLEIRO A LAVADOR DE CARRO
Jorge Vasconcelos era o técnico do Clube de Regatas Brasil.
Cocorote era um dos goleiros do clube da pajuçara.
Era dia de treino no estádio Severiano Gomes Filho. O técnico Jorge Vasconcelos, como sempre, chegou cedo e logo já estava no campo para começar os treinamentos da semana.
O goleiro Cocorote chegou atrasado. Trocou de roupa e entrou em campo. Foi ai que aconteceu o seguinte dialogo:
Jorge Vasconcelos:
- Cocorote você está dispensado do treino. Chegou atrasado e os atrasados não treinam no meu time. Como castigo você vai lavar a minha Kombi.
Cocorote:
- Seu Jorge, fui contratado para jogar futebol. Não sou lavador de carro. Arranje outro para fazer o serviço.
Cocorote voltou para o vestiário, trocou de roupa e foi embora.
A diretoria do CRB multou o goleiro.
JOÃO SALDANHA
Técnico e jornalista, João Saldanha foi demitido ás vésperas da Copa do Mundo de 70.
Durante uma excursão com a seleção, num programa de televisão em Hamburgo, Alemanha Ocidental, o entrevistador perguntou ao João Saldanha:
- O que o senhor acha da matança de índios no Brasil ?
E ele:
- Nosso país tem 470 anos de história. Nesses 470 anos foram mortos menos índios do que dez minutos de guerra provocada por vocês. Os selvagens são vocês.
A televisão saiu do ar e o apresentador não falou mais com o João.
A COLÔNIA DO MANÉ
Certa vez, Garrincha, já no país-sede da Copa, fez uma encomenda ao chefe da delegação do Brasil, que ainda estava em solo nacional e chegaria em breve.
Ele pediu que o dirigente trouxesse uma tal colônia iôiô.
O chefe, antes de embarcar, cansou de procurar, sem sucesso.
Ao chegar ao país da Copa e explicar o fracasso da busca, o dirigente entendeu o problema.
Garrincha mostrou o vidro vazio da colônia, sacando da bagagem um frasco da famosa colônia 1010, da Colorama.
KRÜGER E O SUCESSO COM AS MULHERES
Jairo foi um dos melhores goleiros da história do Coritiba. Há quem diga que ele foi o melhor. Bem, se foi ou não foi o melhor, é meio complicado de dizer. Uma coisa é certa: o cara é uma figuraça! Essa foi o negão que contou:
"Teve um dia em que Aladim chegou para o Krüger e disse: ‘Flecha, você, feio desse jeito, tem que aproveitar para casar enquanto você está jogando. Depois que parar, vai ser complicado arrumar casamento’.
Depois daquilo, o que se viu foi um verdadeiro festival de mulheres indo aos treinamentos dizendo estar apaixonada pelo Dirceu Krüger.
E era uma mulher diferente da outra. Numa semana era uma loira, na outra, uma morena. Na outra, uma ruiva. Na outra, uma de cabelo cacheado e assim por diante.
Era 'Krüger lindo pra lá, Krüger meu amor pra lá' e os jogadores começaram a ficar encucados com aquilo. O que será que aconteceu que o Krüger transformou-se no sonho das meninas em tão pouco tempo?
Aí o Aladim foi investigar e, em duas semanas, descobriu que a garota era sempre a mesma. Que ela só mudava a peruca pro Krüger impressionar a rapaziada".
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