A temporada 2011 é para ser esquecida pela torcida do MAC (Marília Atlético Clube). O time teve o pior ano ao longo de seus 62 anos de existência, com dois rebaixamentos consecutivos, que deixaram a equipe nas vergonhosas Série A-3 do Campeonato Paulista (penúltima divisão do Estado) e Série D do Campeonato Brasileiro (última divisão do futebol nacional).
Em 2012, o Marília terá a obrigação de conseguir o acesso no Campeonato Brasileiro, ou seja, voltar para a Série C. Caso isto não aconteça, o clube azul-celeste só poderá voltar a disputar a última divisão do futebol brasileiro a partir de 2014, isto se conseguir acessos consecutivos durante o Campeonato Paulista.
Os rebaixamentos em 2011 foram doloridos para os torcedores maqueanos, porém pareciam anunciados. Para a disputa do Campeonato Paulista da Série A-2, a diretoria cometeu um grande erro logo no planejamento, ao escolher o técnico Edson Leivinha para comandar a equipe.
Mesmo tendo trabalho com relativo sucesso no Nordeste, o treinador jamais tinha dirigido um clube no futebol paulista e isto parece ter tido uma importância fundamental para o insucesso do time. Além disso, o clube já enfrentava a pior crise financeira de sua história.
O erro no planejamento inicial custou caro ao MAC que, embora com troca de diretoria e várias vezes de comissão técnica, não conseguiu evitar a degola. Com uma campanha medíocre - apenas 15 pontos conquistados em 54 disputados, o Marília ficou em penúltimo lugar no Grupo 1 da Série A-2 e foi rebaixado na última derrota, após derrota de virada por 2 a 1 para o Monte Azul, dia 27 de março, em Monte Azul Paulista.
Logo após o rebaixamento na Série A-2, o clube passou por nova mudança na diretoria. Antônio Carlos Guilherme de Souza Vieira, o Sojinha, que havia assumido o cargo com a renúncia de José Roberto Duarte de Mayo, convocou novas eleições e foi derrotado por Hely Bíscaro por um voto de diferença (18 a 17), que, assim, voltava a comandar o clube depois de 11 anos.
Dentro de campo, o time começou bem o Brasileiro da Série C com empate em Macaé e vitória em casa sobre o Brasiliense - a primeira na história sobre a equipe do Distrito Federal -, mas bastou uma derrota em Ipatinga para a equipe começar a se perder. A diretoria demitiu a comissão técnica comandada pelo experiente Edison Só e apostou num técnico sem qualquer experiência no futebol, Antônio Carlos Guimarães, o Tuca, que dirigia o futsal do São Paulo/Marília.
A partir daí, o MAC foi despencando na tabela e, na última rodada, quando dependia apenas de empate em casa contra o Macaé, foi derrotado por 6 a 4 e acabou novamente rebaixado, desta vez no dia 18 de setembro.
Em 26 partidas disputadas na temporada, o Marília obteve apenas cinco vitórias, oito empates e totalizou 13 derrotas, marcou 34 gols e sofreu 45. Dos 78 pontos disputados nos dois campeonatos, o time conseguiu somente 23, aproveitamento de 29,5%. Resultado inédito na história do clube: dois rebaixamentos consecutivos
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