1963 – Barretos
Valdemar Nogueirano BEC de 63 é o primeiro em pé da esquerda para direita. Os demais são: Salvador, Brandão, João Belmiro, Carlos e Condinho. Agachados: João Carlos Guimarães, Pereirinha, Mazinho, Ruiter, Darci e Cabeça. Foto cedida por João Belmiro.
Marketing e diretoria precisam respeitar memória
de Valdemar Nogueira, autor do Hino do BEC
Por: Patrício Augusto dos Santos Reis
"O Barretos não é meu. O Barretos não é seu. Você tem que nos ajudar". Esta expressão sempre foi usada pelos irmãos Ailton Francisco da Silva, ex-presidente e Milton Aparecido da Silva, atual presidente, que retomou ao comando do Barretos Esporte Clube, após anos afastado.
Miltão, como é conhecido o atual mandatário, conseguiu aglutinar forças, arrebanhando um bom número de pessoas que se empenham para levar o famoso Touro do Vale de volta a Divisão A-3, para posteriormente galga-lo divisões acima. É uma meta da Cidade, principalmente do seu fiel e apaixonado torcedor.
Fazer um bom, ótimo e muito mais, um excelente trabalho, é fundamental para a conquista dos objetivos. Desde que confirmou que seria presidente, Miltão "arregaçou" as mangas e foi a luta. Montou excepcional Comissão Técnica, trouxe jogadores competitivos e motivou a torcida. Ficou melhor ainda, quando o time começou o campeonato vencendo seus três jogos, resultando num aproveitamento de 100%.
Paralelamente ao trabalho administrativo e técnico, foi criado o Departamento de Marketing, que é mais um avanço do moderno mundo esportivo globalizado. Muito se tem feito para colocar a marca BEC – Touro do Vale em exposição.
Todavia, é preciso tomar certos cuidados para não incorrer em erros, como acontece agora, com uma nova música composta e gravada, sendo chamada de Hino do Barretos Esporte Clube. O trabalho foi feito pelo cidadão Iracan de Ávila Lima, que teve uma passagem pelo BEC, atuando como goleiro.
Na verdade, desde 1976 o Barretos Esporte Clube tem o seu próprio Hino, que foi composto por Valdemar Nogueira, quando a agremiação era presidida por João Paulo Coimbra Queiroz. A letra foi composta e a gravação, na época, foi feita nos estúdios da então Rádio Piratininga, hoje Independente, na Avenida 17, Centro.
Ora pois, todo torcedor tem pleno direito de homenagear o Barretos com uma composição musical, mas chama-la de Hino, ainda mais com o aval da diretoria, é um enorme desrespeito a memória do saudoso Valdemar Nogueira, também ex-jogador do Touro, nos anos 60, fazendo parte, inclusive do memorável elenco de 65.
Cabe então a diretoria e ao departamento de marketing corrigirem este erro, sem precisar descartar a homenagem de Iracan, que deve dar nome a sua música, que assim como Hino e outras exaltações, podem fazer parte do acervo do BEC, como é o caso também do Hino da Torcida, feito por Paulo Ortale, também em 1976.
Outras composições, poemas ou qualquer homenagem, são sempre bem vindos. Veja o exemplo do Corinthians, que tem o seu Hino e outras exaltações, com músicas elaboradas por Toquinho, Sócrates, Adorinan e outros nomes nobres da música brasileira. Assim, faça-se justiça e o devido respeito a Valdemar Nogueira, autor do Hino do Barretos Esporte Clube, com a seguinte letra:
Barretos quando entra em campo
Adversário urra que nem Leão
E tudo isto é paura
Que ninguém atura
O time é campeão.
Salve o Barretos, Time do peito
Com o Barretos todos tem respeito
Pois pra ganhar, não escolhe lado
Salve o Barretos, glória do Estado.
Barretos time bacanaço, esquadrão de aço
Que outro estou pra ver
Barretos quando em entra em campo
A galera vibra e começa a torcer.
Salve o Barretos, Time do peito
Com o Barretos todos tem respeito
Pois pra ganhar, não escolhe lado
Salve o Barretos, glória do Estado.
PATRÍCIO AUGUSTO DOS SANTOS REIS – , jornalista profissional diplomado, é formado em Comunicação Social pela UNAERP (Universidade de Ribeirão Preto). É corinthiano, torcedor do extinto São Cristóvão na várzea local e apaixonado pelo Barretos Esporte Clube. Atuou como radialista esportivo e jornalista em três emissoras locais, TV e foi titular de páginas esportivas em jornais da Cidade.. É funcionário público municipal pela Prefeitura de Barretos, atuando no Departamento de Comunicação Social – antiga Assessoria de Imprensa, desde primeiro de março de 1988.
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