O árbitro Cléber Wellington Abade fez, neste domingo, o último jogo da carreira no Campeonato Paulista. Aos 45 anos, ele foi o responsável por conduzir de forma tranquila o empate por 0 a 0 entre Corinthians e Santos, no primeiro dos dois jogos das finais do torneio. Agora, prolongará a trajetória em campo apenas até o fim de 2011.
Depois do jogo, porém, Abade se mostrou contrariado sobre os questionamentos que a arbitragem paulista sofre. O problema veio à tona antes da semifinal entre Palmeiras e Corinthians, para a qual o nome de Paulo César de Oliveira teria sido decidido antes mesmo de sorteio. Após o clássico deste fim de semana, o juiz do jogo reclamou.
"Desde que me formei árbitro em 1997, detesto ter que acordar de manhã para provar que sou honesto", desabafou o experiente Abade, defendendo o sorteio realizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) antes de cada rodada para definir os homens dos apitos.
"Não é que expõe. Acho que é justo. Treino em dois períodos, estudo à noite, faço um monte de análises", defendeu-se. "Às vezes, você coloca um árbitro jovem em um clássico e ele sente", acrescentou, na saída do vestiário dos árbitros.
Sina de todo árbitro, Cleber Wellington Abade sabe que teve a mãe xingada pelas duas torcidas neste segundo domingo de maio, Dia das Mães. Mesmo com a data e tranquilo com a atuação, o experiente juiz mostrou bom humor com a situação. "Amo minha mãe, amo a mãe dos meus filhos. Com certeza, ela sofreu do mesmo jeito", brincou.
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