O Botafogo é o primeiro clube do Brasil a adotar o equipamento, que custa R$ 24 mil e é inspirado em dispositivos semelhantes utilizados no tênis, no vôlei e no beisebol. Fabricado na Itália, ele está à disposição de equipes como Internazionale de Milão, Napoli e Sampdoria. Alimentada por duas baterias de carro, a máquina conta com dois motores que movimentam espécies de pneus especiais que lançam as bolas. E não apenas de forma veloz, mas os ajustes permitem que os preparadores direcionem os lançamentos com efeito e nas mais diferentes alturas.
Jefferson, Flávio Tenius, Renan, Milton Raphael, Luis Guilherme e Paulo Ruy com o canhão que 'reforça' o Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)Há um mês trabalhando com a máquina, os goleiros alvinegros Jefferson, Renan, Milton Raphael e Luis Guilherme ainda buscam a melhor adaptação. No entanto, têm a certeza de que contam com um tipo de treinamento diferenciado.
- Se o goleiro conseguir se adaptar à máquina, vai ganhar muito tecnicamente. A bola não perde força, chega pesada. É um treinamento que nos ajuda muito, pois dificilmente um jogador chuta com tanta precisão sem perder a intensidade. A velocidade é impressionante - disse Jefferson, titular do Botafogo e integrante da Seleção Brasileira.
Jefferson carrega máquina com preparadores
(Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)Os preparadores de goleiros Flávio Tenius e Paulo Ruy são dois entusiastas do "canhão" de bolas. Segundo eles, o Botafogo possui um importante instrumento, que criou um novo desafio para aqueles que têm a missão de evitar que a equipe sofra gols.
- A máquina pode reproduzir com exatidão a maneira de um jogador adversário bater na bola. Muitas vezes não se pode treinar de maneira muito fiel porque nossa equipe não possui um atleta com as mesmas características. Ela será muito útil aos preparadores. Acho que vou trabalhar até uns 80 anos - brincou Flávio Tenius
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