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20/01/2011 - Meu Jogo Inesquecível: a colorada paixão de Julia Lemmertz

Um dos melhores programas para uma mãe louca por futebol abre o primeiro ato da "peça": a personagem vai ao Maracanã levar o filho Miguel para ver o Inter jogar. A partida, pelo Brasileiro de 2006, é contra o Botafogo. Convite insólito feito por desconhecida para o garoto entrar em campo de mãos dadas com o ídolo muda os planos. E o menino vive seu momento mágico: Alex marca o gol da vitória. A personagem-esposa tem euforia parecida no corte para o segundo ato, no fim do mesmo ano. Com o marido, ainda na cama, acorda de pesadelo horrível: o time perdia a final do Mundial em Yokohama para o Barça. Ela liga a TV. A partida está 0 a 0. Tensa, veste a camisa vermelha da sorte. Dois minutos depois, sai o gol do título. Os gritos e pulos se confundem com os da terceira cena. Com a amiga de fé, um salto no tempo. O ano é de 2010. Local: Quilmes, Argentina. Numa de suas maiores aventuras, assiste ao duelo contra o Estudiantes pela Libertadores. O gol de Giuliano, aos 43 do segundo tempo, mostra a sina de pé-quente. Fim do terceiro ato e da peça colorada cheia de paixão para a protagonista: a atriz Julia Lemmertz.
Aquele gol foi salvador por vários motivos. Éramos poucos, não chegávamos a 100. Então criou-se uma irmandade ali. Com isso, ficou mais fácil para as pessoas me reconhecerem. Estava frio, vestia uma camisa de manga comprida do Inter e um casacão colorado. Uns logo vieram me perguntar: "O que você está fazendo aqui?" Outro apareceu para me dar um tapinha nas costas: 'Espero que seja pé-quente...' Ou então: 'Que bom que você está aqui, mas não vai ser pé-frio não...' O Inter perdia por 2 a 0, precisava marcar um gol. Comecei a gelar mais do que já estava. Imagina se o Inter fosse eliminado. Ia virar o Mick Jagger da história. Na hora do gol, foi uma comoção. Pessoas que não conhecia me abraçavam. E virei pé de coelho.
A aventura em Quilmes no dia 25 de maio de 2010 jamais será esquecida pela atriz gaúcha, que voltará às telas na próxima novela das 18h da TV Globo, "Araguaia". O convite para a viagem surgiu de Luciana, com quem não fazia um bom programa há tempos. Julia não pensou duas vezes: deixou em casa a família - o ator Alexandre Borges e o filho, Miguel - e pegou o avião com a amiga. Para chegar à cidade argentina, o jeito foi o grupo seguir de van o ônibus da delegação colorada para não se perder.

Na partida, muita tensão: em dois minutos, aos 19 e aos 20, Leandro González e Pérez marcaram os gols do Estudiantes. O resultado classificava os argentinos - no Sul, o Inter vencera o primeiro jogo por 1 a 0. O segundo tempo foi dramático. Aos 43 do segundo tempo, Giuliano fez o gol salvador que fez o time passar às semifinais e depois chegar ao titulo. Depois de muita vibração, Julia e Luciana foram jantar fora para comemorar.
A Lu é como se fosse uma irmã para mim. Estava com saudade dela e louca para ver o jogo do Inter. É uma paulista que se mudou para o Sul e sempre foi colorada. Perto da partida, me ligou dizendo que estava com os ingressos na mão. Aí, pensei: Por que não vou? Larguei família e tudo. E valeu a pena. O campo era meio várzea, tinha um bueiro ali no córner. Mas valeu a pena. O Andrezinho me pediu autógrafo, e eu quis do Guiñazu. Depois, ganhei bandeira, medalhinha e chapéu dos torcedores. Foi sensacional - afirmou a atriz- torcedora, que recebeu convite da diretoria para virar consulesa cultural colorada. - Aceitei com uma condição: quero receber o título no campo, lá no Beira-Rio.

Seja no Rio Grande do Sul, onde nasceu, em São Paulo, onde passou grande parte da infância, ou no Rio, onde vive, Julia sempre acompanha o Inter. E as histórias dessa torcedora colorada são bem saborosas. No dia 2 de novembro de 2006, levou o filho Miguel para ver partida contra o Botafogo, no Maracanã.
Fui de branco, para não afrontar a torcida rival. Mas o Miguel quis botar a camisa colorada. Íamos ficar no cantinho da arquibancada. Só que, quando entramos no estádio, uma senhora o viu com a camisa e perguntou se queria entrar em campo com o time. Ela estava com mais dois garotos. Miguel enlouqueceu. Claro que deixei...O mais sensacional é que entrou de mãos dadas com o Alex, que acabou fazendo o gol da vitória aos 47 minutos. Passou a se achar... O mais engraçado foi logo depois de entrar em campo. Largou o time e saiu correndo em volta do Maracanã, mandando beijinhos para mim e para a torcida. Foi muito engraçado, ele se realizou - afirmou a mãe-coruja, que garante ter filmado a performance do filho no estádio, mas não encontrou a fita

A partida foi válida pelo Brasileiro de 2006, quando o Inter foi vice-campeão - o São Paulo levou a taça. Pouco depois, em 17 de dezembro, o Colorado vivia o seu maior momento da história em Yokohama, no Japão. Na véspera do jogo, Julia estava com o marido, que é palmeirense, na festa de lançamento da série "Amazônia", da TV Globo. O sábado foi longo e estendeu-se pela madrugada. Alexandre Borges preferiu deixar a mulher dormindo. Não a acordou cedo para ver a final, contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Mas um pesadelo de que o Inter perdia a final tratou de despertá-la.
Acordei assustada e liguei logo a TV. A partida estava 0 a 0, no primerio tempo ainda. Daí em diante, não me desgrudei mais. O gol não saía. Foi quando resolvi vestir a camisa colorada. Dois minutos depois, o Adriano Gabiru marcou. Pulei e gritei como doida, o Alexandre, também. Ainda estávamos na cama, comemoramos muito o título. Depois, meu tio José ligou chorando: "O Miguel tem muita sorte, eu tive que esperar 63 anos para ver isso, e ele já vai ser campeão do mundo" - afirmou, mostrando, após gravação da novela no Projac, a camisa que ganhou de Rafael Sóbis - a atriz tem outra, dada por Alexandre Pato.

Julia lembrou que ficou arrasada quando Sóbis foi negociado, antes da final do Mundial de Clubes. Ao lado de Pato, encabeça uma lista que tem como preferidos Guiñazu, D'Alessandro, Alecsandro, Bolívar, Índio, Alex... Todos importantes para o crescimento de uma paixão que vem de berço. A família, toda colorada, teve como matriarca a mãe de Julia, a saudosa atriz Lilian Lemmertz. Na adolescência, o encantamento quando via Paulo Roberto Falcão, o primeiro ídolo, desfilar a elegância nos gramados, tinha uma intensidade até menor. Mas ao longo dos anos, o sentimento pelo clube tornou-se arrebatador.

- Acho que esse sentimento pelo Inter também é uma forma de nos prendermos às nossas raízes. Saí cedo do Sul, fui para São Paulo, já estou há muito tempo no Rio. O Inter faz parte da nossa vida - disse, já lamentando não poder viajar para Abu Dhabi para ver a decisão do Mundial deste ano. - Estarei gravando novela. Senão, pode contar, estaria lá.


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