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29/12/2010 - Meu jogo inesquecivel:Fla-Flu de 1969 marca vida do tricolor Pedro Bial

Pedro Bial com o filho Théo: a paixão pelo Tricolor
passa de pai para filho



"Amigos, a humildade acaba aqui. Desde ontem o Fluminense é o campeão da cidade. No maior Fla-Flu de todos os tempos, o tricolor conquistou a sua mais bela vitória." Assim começa "Chega de humildade", crônica de Nelson Rodrigues considerada a melhor do saudoso dramaturgo, publicada no jornal ‘O Globo’ no dia seguinte à conquista do título estadual de 1969, quando o time das Laranjeiras derrotou seu maior rival por 3 a 2. O jogo inesquecível do apresentador, jornalista e tricolor de coração Pedro Bial.

O estampido dos fogos de artifício doía os ouvidos do pequeno Bial, por volta dos cinco anos, quando estreou nos estádios. Passou-se um bom tempo até a audição não ser mais incomodada pelos ruídos. Aos 11 anos, o garoto voltava ao Maracanã. Era um dos 171.599 presentes na penúltima rodada do octogonal, liderado pelo Fluminense. A vitória sobre o rival no dia 15 de junho de 1969 levaria a taça para as Laranjeiras com uma rodada de antecedência. Bial estava ao lado dos pais nas cadeiras perpétuas, setor considerado mais seguro para uma criança, enquanto o irmão mais velho, Alberto, apoiava o time das igualmente superlotadas arquibancadas.
31/08/2010 11h30 - Atualizado em 31/08/2010 18h19
Meu Jogo Inesquecível: Fla-Flu de 1969 marca vida do tricolor Pedro Bial
Jornalista e apresentador conta como foi vibrar com o título carioca aos
11 anos e traça paralelo daquele time, que tinha Flávio, com o atual
Por Leonardo Filipo
Rio de Janeiro

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Pedro Bial com o filho Théo: a paixão pelo Tricolor
passa de pai para filho (Foto: Globoesporte.com)"Amigos, a humildade acaba aqui. Desde ontem o Fluminense é o campeão da cidade. No maior Fla-Flu de todos os tempos, o tricolor conquistou a sua mais bela vitória." Assim começa "Chega de humildade", crônica de Nelson Rodrigues considerada a melhor do saudoso dramaturgo, publicada no jornal ‘O Globo’ no dia seguinte à conquista do título estadual de 1969, quando o time das Laranjeiras derrotou seu maior rival por 3 a 2. O jogo inesquecível do apresentador, jornalista e tricolor de coração Pedro Bial.

O estampido dos fogos de artifício doía os ouvidos do pequeno Bial, por volta dos cinco anos, quando estreou nos estádios. Passou-se um bom tempo até a audição não ser mais incomodada pelos ruídos. Aos 11 anos, o garoto voltava ao Maracanã. Era um dos 171.599 presentes na penúltima rodada do octogonal, liderado pelo Fluminense. A vitória sobre o rival no dia 15 de junho de 1969 levaria a taça para as Laranjeiras com uma rodada de antecedência. Bial estava ao lado dos pais nas cadeiras perpétuas, setor considerado mais seguro para uma criança, enquanto o irmão mais velho, Alberto, apoiava o time das igualmente superlotadas arquibancadas.
- Foi um jogo com todas as características de um Fla-Flu: encarnecido e duríssimo. Mas tínhamos confiança o tempo todo na vitória do Fluminense. Por mais que o outro time saísse na frente, não ficávamos com medo. Sabíamos que o nosso time ia correr atrás do resultado
A confiança começou quando Wilton aproveitou falha do goleiro Dominguez e fez 1 a 0, aos 9 minutos. Liminha empatou para o Flamengo aos 35, em um chutaço de fora da área que encobriu Félix. Pouco depois, Cláudio - que estaria em impedimento - colocou os tricolores novamente à frente. Os rubro-negros reclamaram. Estavam desconfiados. Um ano antes, o mesmo Armando Marques validou um gol de mão de Wilton, que deu a vitória tricolor no Fla-Flu do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, espécie de Campeonato Brasileiro da época.

Quando achou que seu time foi novamente prejudicado, Dominguez correu até o meio do campo para tirar satisfações com Marques e acabou expulso. O bandeirinha daquele jogo, naquele lado do campo, era Valquir Pimentel, que nos anos 80 se tornaria dirigente do Fluminense.

Mesmo com dez jogadores, o Flamengo foi um leão em campo e empatou aos 16 minutos da etapa final, com uma cabeçada de Dionísio. Félix teve que se virar para manter o empate até os 34 minutos, quando Flávio acertou um belo chute no canto esquerdo de Sídnei. Um lance e um jogador até hoje guardados na memória de Bial.
- Eu tinha um compacto com o hino do Fluminense de um lado, e, do outro, a narração dos gols do Jorge Curi. Ouvi tantas vezes que até hoje eu sei essa narração de cor. Flávio, o Minuano, era um mulato bonito e namorava a cantora Doris Monteiro. Aquele time também tinha Denílson, o Rei Zulu, como o chamava Nelson Rodrigues.

Do Maracanã, a família Bial partiu para a sede do Fluminense, onde festejou o 19º título carioca do clube. A alegria seguiu por dias:

- Como o título foi conquistado por antecipação, a comemoração no colégio durou uma semana – recorda.

Semelhanças com Flu atual


Saudoso do passado e empolgado com o presente. Bial aproveita para traçar um paralelo daquela equipe de 1969, sob a batuta de Telê Santana, com a atual, comandada pelo discípulo Muricy Ramalho.

- A sensação com aquele time me lembra a de hoje. Por mais que o adversário saísse na frente, não ficávamos com medo. A gente sabia que a nossa equipe ia correr atrás do resultado. Atitude que se refletiu na minha vida, na autoconfiança como torcedor e como gente. Em saber ganhar e perder. Acho que esse espírito de 1969 está sendo recuperado com o time de agora, que pode ser um dos melhores de todos os tempos da história do clube.


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