Goiânia: Valdir, Ulisses, Neto, Odon (ex zagueiro do Touro do Vale), Krol e Lula; Tito Lívio, Toninho Almeida, Bill, Héber e Pedro Paulo.
O lendário centroavante Bill que jogou em diversos clubes do Brasil e foi companheiro do barretense Dunão no Santa Helena de Goias e que tambem jogou no Goiânia em 1978, foi uma das mais queridas figuras da historia de futebol brasileiro.
Com passagens junto ao Internacional de Porto Alegre, depois de atuar também pelo Vasco Da Gama, Bill foi escalado para disputar uma partida amistosa com os juniores do Goiania em um final de semana, para adquirir ritmo de jogo, na cidade de Porangatu, interior goiano.
Encarou a viagem numa boa, fez questão de jogar os 90 minutos e voltou todo faceiro abraçado ao prêmio pela vitória, um enorme saco de deliciosas jabuticabas. Bill tinha vários apelidos: "Fio Maravilha Goiano" e "Billy the Kid", eram os principais. O primeiro em função de seus causos e o segundo obviamente por ser um matador implacável, sempre artilheiro dos clubes onde atuou".
Há uma tendência de atribuir aos jogadores folclóricos as mesmas trapalhadas e tiradas insólitas mesmo estando em extremos do país. Assim, são protagonistas das mesmas histórias: O Peu do Flamengo, o Dedeu do Náutico do Recife, o Valdomiro do Internacional e o Bill do Goiânia.
A todos os citados são apontadas algumas passagens, e sobre Bill recaem as seguintes:.
"Ta tudo Gê-Gê". (Abreviatura de joinha-joinha).
"Agora só falta comprar os azulejos, senão, compro vermelejo ou amarelejo". (Construindo uma casa).
Bill tambem tinha os seus casos exclusivos:
Queria a todo custo que o seu amigo Canhoto, dono de uma fabrica de carimbos, fizesse um com o seu nome para assinar cheques, pois tinha dificuldades para juntar as letrinhas sobre o papel.
O Goiânia foi ao interior jogar contra o Rio Verde e perdeu de 1 x 0. Na volta, Bill foi multado. Perguntou ao guarda como é que ele sabia que o seu carro excedera os limites de velocidade. "Foi o radar, respondeu o guarda".
‘’Radar, filho da mãe, mete gol na gente e ainda dedura pro guarda!"(Radar, nome do jogador que depois teve passagem pelo Flamengo)".
No México: seu novo time, o América, promove uma coletiva com a imprensa local. Um fotógrafo chama a atenção do jogador, apontando para a sua máquina, tentando fotografá-lo em meio ao tumulto em volta:
-Bill! Bill! "Yashica"!
-Ficou no Brasil! Chega semana que vem. (Responde Bill). (Chica é o apelido da mulher do Bill).
O negro, alto e forte jamais se contundiu e jogou até bem mais de quarenta anos de idade. A sua longevidade nos campos se deve ao seu vigor físico e a sua necessidade de jogar sempre, afinal era tudo o que sabia fazer. E bem.
(Bill foi campeão goiano em 1985 pelo Atlético de Goiás e maior artilheiro estadual naquele ano com mais de 30 gols. Morreu atropelado de bicicleta no dia 22 de setembro de 2002. Este maravilhoso jogador estava na miséria e fazia bico de ajudante de pedreiro nos seus últimos dias). |