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01/07/2010 - Até os grandes craques são esquecidos: Danilo Alvim

Na final da copa de 50, com a inesperada derrota para o Uruguai, Danilo saiu chorando do Maracanã, amparado pelo locutor Jaime Moreira, momento registrado em uma famosa foto que representa a dor que o Brasil sentia naquela hora.


Danilo chorou quando perdeu a Copa de 1950 e ninguém chorou por ele quando morreu em 1996.

Era uma vez um príncipe chamado Danilo Alvim. Ele reinou absoluto nas décadas de 40 e 50 com seu estilo clássico de jogar futebol. Inventou um jeito de amortecer a bola na coxa com perfeição e encantou o mundo nas 25 partidas que fez pela seleção brasileira entre 1945 e 1953. Foi campeão sul-americano em 1949 goleando o Paraguai por 7x0 no jogo final.

Danilo ainda choraria a perda do Mundial de 1950 para os uruguaios em pleno maracanã. Voltaria a sorrir, porém, com a conquista de outro titulo sul-americano em 1963, como técnico da Bolívia – "Foi o campeonato mais difícil da minha vida" , lembra Danilo.

América, Canto do Rio, Vasco e Botafogo foram os clubes que Danilo defendeu. Treinador experiente dirigiu 19 clubes até encerrar sua carreira em 1984, no Flamengo do Piauí.

Hoje, aos 67 anos, amarga a solidão de um homem doente. O pequeno apartamento de quarto e sala no centro do Rio de Janeiro abriga o aposentado Danilo e o filho Carlos Antonio de 30 anos que vivem apenas com um salário mínimo. Danilo pensava em vender o apartamento e morar em um pensionato. E ele revela que apenas o amigo de muitos anos Ademir Menezes se preocupa com sua situação. A televisão permanece ligada durante várias horas no apartamento. É a única distração do ex-príncipe. A morte da mulher Zelinha, há três anos, piorou ainda mais a saúde de Danilo. Mantém um quadro com o retrato dela na parede em cima da cama. Quando não é vencido pelo cansaço, assiste a alguns jogos pela televisão.

Danilo não quer se preocupar muito com o futebol. Afinal, já dedicou a ele nada menos que 43 dos seus 67 anos – "Só queria uma morte tranqüila", admite. "Acabar a vida na miséria, dependendo de um salário de fome do governo, é muito triste", completou.


OBS: Danilo faleceu no Rio de Janeiro no dia 16 de junho de 1996, e segundo o ex-zagueiro Pavão, que foi treinado por Danilo no Uberaba, no final dos anos 50, o "Príncipe" contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogassem dinheiro pela janela e evitassem desperdícios. Infelizmente, as suas lições não o livraram de um destino triste, pois findou os dias em um asilo de velhos no Rio de Janeiro, onde morreu de pneumonia em 16 de maio de 1996.




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