Alfredo Stéfano di Stéfano Laulhé é o verdadeiro nome do maior craque já nascido na Argentina, provavelmente o mais fantástico jogador que a Europa chegou a ter e, sem duvida, uma das grandes estrelas de toda a história do futebol. Artilheiro comparável somente a Pelé. Fez 818 gols em 1.115 jogos, ele tinha cada uma das virtudes que os estádios costumam aplaudir no atleta e no artista.
Como atleta exibia um preparo físico excepcional, o que lhe permitia correr o jogo todo, da defesa ao ataque. Combatia, desarmava e dispunha de uma velocidade estonteante. Como artista, poucos o superaram na inteligência para criar jogadas, na habilidade para receber, tratar, conduzir e passar a bola, nas cabeçadas mortíferas ou nos arremates precisos e muitas vezes indefensáveis.
Dom Alfredo, entretanto, foi acima de tudo um maravilhoso goleador. Era obcecado pelo gol. Entre fazer o gol e dar o gol para outro companheiro, não vacilava, ele mesma fazia. Para Di Stéfano o artilheiro tem, que ser mesmo egoísta.
Começou nos juvenis do River Plate. Aos 20 anos já estava jogando do time titular. Na chamada "La máquina". Depois jogou no Milionários de Bogotá e de lá para o Real Madri, onde viveu grandes momentos de sua histórica carreira futebolística. Foi quatro vezes artilheiro do campeonato espanhol. Seis vezes campeão da Espanha. Cinco vezes campeão da Europa, sempre pelo Real Madri. Foi uma seqüência de glórias e triunfos inaugurada em 1943 na quarta divisão do River Plate e que somente terminou em 1965.
Hoje é um homem riquíssimo que mora perto do Estádio Santiago Bernabeu de Madri, santuário em que reinou por mais de dez anos, num palacete em cujos jardins, em reconhecimento ao futebol, mandou esculpir uma bola de bronze, com uma inscrição comovente – "Gracias vieja". Di Stéfano foi realmente o primeiro fenômeno.
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