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11/02/2010 - Raridade: Voce conhece a primeira fase da vida de Garrincha?

Com pernas tortas que impressionaram dona Leonor, a parteira, nasceu no dia 28 de outubro de 1933, na rua do Chiqueiro, em Pau Grande, município de Magé, Rio de Janeiro, o quinto filho do pernambucano Amaro Francisco dos Santos, guarda da Companhia América Fabril, e de Maria Carolina. Batizado Manuel dos Santos. O menino, bisneto de índios fulniôs, cresceu solto, andando descalço pelo mato, montando cavalo em pêlo e nadando no rio Inhomirim. Pau Grande era um lugar sustentado pela América Fabril e abençoada pela natureza, onde o menino, mesmo pobre, podia ter uma infância de sonho.

O pai Amaro era um homem simples, mas extravagante. Duas maiores paixões eram mulher e bebida. Além dos nove filhos de seu casamento, estima-se que ele era pai de, no mínimo, 25 crianças na região. Mulheres solteiras ou casadas, jovens ou idosas, nada escapava da volúpia do seu Amaro. Que, certamente, passou essas duas paixões para seu filho Garrincha.

Garrincha é o nome que, no Nordeste, se dá à cambaxirra, pequeno pássaro marron que canta bonito, mas não se adapta ao cativeiro. Quem deu este apelido ao menino que aos quatro anos, já vivia andando sozinho pelo mato, foi sua irmã mais velha e madrinha de batismo, Rosa. As matas de Paulo Grande eram povoadas de garrinchas, para alegria de Manuel, cuja maior diversão era matar passarinhos.

Nas peladas, porém, é que demonstrava toda sua habilidade de driblador incorrigível. Ganhou sua primeira bola, de Rosa, no aniversário de sete anos, depois de ter jogado com bola de meia e fabricado uma com bexiga de cabrito. Na mesma época calçou sapatos pela primeira vez, para fazer a primeira comunhão. Abandonou a escola no terceiro ano primário, depois de ter aprendido a ler com dona Santinha. sua rigorosa professora do segundo ano na Escola Santana.

Aos 14 anos o moleque começou a trabalhar na América Fabril. Começou como varredor, passou a carregador de equipamento, mas nunca chegou a ser um bom funcionário. Faltava muito, chegava atrasado e tinha o hábito de dormir nas caixas de algodão.
O primeiro teste de Garrincha em um time grande aconteceu em 1950 quando ele foi levado ao Vasco da Gama por um diretor da América Fabril. Ele tinha 17 anos. Mas, esta já é outra história.


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