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05/01/2010 - "Quando o atleta de futebol encerra a carreira, o que fazer?"

Recentemente uma emissora de Televisão, bem conceituada fez uma matéria a respeito dos atletas de futebol quando param: o que fazem e como se encontram no mundo atual.

Nesta reportagem mostrou ex-atletas, alguns atualmente como Deputados, Empresários no ramo de academias, Advogados, Professores de Educação Física e alguns exercendo a carreira de empresários.

Gostei da matéria, mas a realidade é outra, poucos atletas conseguem conciliar o estudo com a bola.

Normalmente o atleta não tem conhecimento da realidade do mundo aqui fora. No futebol, o dinheiro entra fácil, e sem estrutura, sai fácil.

Gratificações, direito de arena (nos jogos transmitidos pela TV, há uma cota para cada atleta que é de direito) propagandas, etc. Enfim, muito salário indireto além do salário do Clube em que ele atua.

Ás vezes, ele encerra a carreira despreparado para outra atividade e aquela esposa ou companheira (famosa "Maria Chuteira") que ele julgava ter, separa-se arruma um bom advogado e ás vezes, leva quase todo o seu patrimônio.

Ele monta um bar ou outra atividade e, infelizmente, começa a vender fiado, acaba vendendo o bar, os "amigos" somem e ele fica aguardando uma ajuda às vezes da AGAP (Associação de Garantia do Atleta Profissional) ou de um amigo que jogou com ele e que se encontra numa situação boa para ajudá-lo.

Temos várias prioridades no nosso BRASIL, mas, sem dúvida a maior e a EDUCAÇÃO, particularmente o ENSINO BÁSICO.

O Cruzeiro Esporte Clube montou uma escola de primeiro e segundo graus dentro da Toca da Raposa I. Com psicólogos, pedagogos e assistente social que acompanham a trajetória desses atletas.

Se todos os clubes fizessem esse investimento, sem duvida que acabariam com o "Após encerrar a carreira"

O atleta que tem um nível de escolaridade normal terá facilidade de absolver o final de sua carreira e partir para um mundo real no nosso dia-a-dia.

Muitos atletas conseguem jogar e estudar, desde que tenham incentivos e exemplos.

Estamos vivenciando a mesmice no futebol, atletas sem conhecimento do mundo aqui fora; carro importado e pagando aluguel residencial, mostrando um total despreparo, pois paga aluguel de uma casa/apartamento e tem um belo carro importado...

É necessário que os clubes reajam o mais rápido mostrando do que é necessário estudar.

Temos o dever e a obrigação de orientar e alertar os clubes para que possam primeiro formar o homem e posteriormente o atleta.

Coloquem pessoas qualificadas e com experiência (ex-atletas) nas categorias de base, pois o teórico não tem a visão e conhecimento de quem já atuou dentro das quatro linhas.

Dizem que os teóricos são estudiosos, mas a Faculdade de Telê, Adilson Batista, Muricy, Levi, Abel e tantos outros, foram sem dúvida dentro do campo, assinando súmulas, participando de finais.

A teoria sempre acaba, mais cedo ou mais tarde, assassinada pela experiência (Albert Einstein).



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