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17/12/2009 - Lembra dele? Zuza foi idolo no América e campeão no Verdão

Por: Edwellington Villa, São Jose do Rio Preto
Na foto da capa Zuza lê o "Almanaque do Palmeiras", matanda saudades da época em que jogou no verdão entre 1975/76


Na foto da matéria o América de 1975 que conseguiu o empréstimo dos meias Murias e Adilson, junto ao Santos. De extrema qualidade técnica ambos jogaram pouco no América. Em pé a partir da esquerda: João Marcos, Jair Jamanta, leto, Dobreu, Didi e Paulinho; agachados na mesma ordem: Zuza, Murias, Iauca, Adilsom e Paraná


Ponta que é ponta vai no fundo e cruza na medida para o centroavante chegar empurrando a bola pra rede. Esta era a filosofia de Zuza, um jogador rápido e driblador que defendeu o América no início dos anos 70, sucedendo Cuca, J. Alves e outros grandes craques da posição, e que foi campeão paulista pelo Palmeiras em 1976, deixando o velho Edu Bala no banco de reservas em muitas partidas. Não se sabe a razão, foi batizado como Ieso Antônio do Nascimento, mas com um nome desse logicamente ganharia um apelido ainda no berço. O pai, João Antônio (motorista da Viação Garcia), e a mãe, Romilda, mudaram-se de Narandiba, na região de Presidente Prudente, onde Zuza nasceu no dia 10 de abril de 1949, para Maringá. Foi no norte paranaense que ele começou a despontar para o mundo da bola e chamou a atenção dos dirigentes do Grêmio Maringá, após conquistar o título amador da cidade pelo Botafogo, em 1967. Permaneceu no Grêmio até 1972, quando foi emprestado ao Cruzeiro. Não se adaptou ao futebol mineiro e veio para o América por empréstimo, junto com o lateral-direito Edvaldo.

Como pagamento, o time rio-pretense disputou um amistoso contra o Grêmio, em Maringá, com renda para a equipe da casa, e ganhou por 2 a 0. Impressionada, em setembro de 1975, a diretoria do Palmeiras contratou aquele endiabrado ponta-direita e o meio-campista Didi, considerado o pulmão do América que conquistou o quarto lugar no Paulistão. No ano seguinte, o Palmeiras foi campeão estadual, Zuza disputou 16 das 28 partidas, marcou vários gols e deixou o veterano Edu Bala no banco de reservas. Estava em grande fase, mas foi barrado pelo técnico Dino Sani, que voltou a colocar Edu no time. "O Oswaldo Brandão ia fazer a convocação da Seleção Brasileira para o Torneio do Centenário, nos Estados Unidos, e queria levar o Edu, por isso, ele tinha que jogar", recorda Zuza. Em setembro de 1976, o ponteiro foi emprestado ao São Paulo, com o preço do passe estipulado em Cr$ 500 milhões. Jogou no Tricolor com os técnicos José Poy e Mário Juliato, mas Rubens Minelli chegou em janeiro de 1977 e o descartou.

Depois de atuar no São Paulo por empréstimo de quatro meses, Zuza retornou ao Palmeiras, que começou a repassá-lo a vários clubes. Em 1977, ele foi cedido ao Comercial, de Ribeirão Preto, para o Paulistão. Após o estadual, o ponta-direita foi emprestado novamente pelo clube do Parque Antártica ao Náutico, onde disputou o Campeonato Pernambucano e a Copa Brasil, atual Brasileirão. O Náutico chegou a comprá-lo, mas Zuza desfez o negócio em razão de não ter recebido os 15% da transação. Então, foi novamente emprestado pela direção do Verdão, desta feita para o Nacional, de São Paulo. Em 1979, foi contratado pela Desportiva de Vitória-ES, onde permaneceu por seis temporadas e foi tricampeão capixaba entre 79 e 81. Em 1984, aos 35 anos, decidiu encerrar a carreira, após a vitória de 4 a 1 contra o Vasco da Gama-RJ, em jogo amistoso. Depois da partida, no caminho para sua casa, jogou um pé da chuteira no bairro Fantory e o outro em Itapuã, Vila Velha. "Se eu levo a chuteira pra casa iria dar saudade da bola", justifica.

O futebol, porém, corre na veia de Zuza, que não resistiu ao convite da diretoria da Desportiva para assumir o cargo de treinador das categorias de base do clube. Em 1986, substituiu o técnico Dudu no comando do time principal e foi vice-campeão estadual. Como treinador, Zuza foi tricampeão capixaba, com o Ibiraçu (1988), Colatina (1990) e Linhares (1993). Rodou o Nordeste e até o Norte, dirigindo vários clubes. Trabalhou na Catuense da Bahia (1993/94), Guarapari, do Espírito Santo, (1995), São Matheus (1996 a 1998 e 2000), Nacional, de Manaus (1999) e Venenciano (2001). Foi campeão sergipano de 1998 pela Lagartense, onde esteve no início deste ano novamente. Disputou quatro edições da Copa do Brasil, com Ibiraçu, Colatina, Lagartense e Itabaiana, de Sergipe. Agora, ele estava acertando com o Confiança (SE). Zuza mora com a mulher, Carmem, em Vitória (ES), e tem três filhos.


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