Em duas horas de conversa, jogadores do Palmeiras, integrantes da comissão técnica e o gerente de futebol Toninho Cecílio lavaram a roupa suja depois dos episódios na derrota para o Grêmio por 2 a 0, no Olímpico. De acordo com o dirigente palmeirense, a reunião serviu para que o comando fosse reafirmado e para alertar que incidentes como o que culminou com o afastamento de Obina e Maurício, que se agrediram na saída para o vestiário e classificado como "racha pontual", não serão tolerados.
- Houve uma partida ruim, principalmente pelo incidente, mas temos de reagir. A reunião foi para discutirmos o que se pode ser feito em prol do Palmeiras e reforçar o comando da diretoria. Não vamos admitir um episódio parecido, seja qual for o atleta envolvido – disse o dirigente alviverde.
Sobre os resultados recentes e a queda de rendimento do time no Campeonato Brasileiro, o dirigente alviverde afirmou que ainda é cedo para se fazer um balanço sobre o trabalho de Muricy Ramalho à frente da equipe. Dos últimos 27 pontos disputados, o Palmeiras conquistou somente seis e viu a liderança da competição escapar, depois de quase três meses na ponta. Na 29ª rodada, o clube tinha cinco pontos de vantagem para o segundo colocado. Hoje, ocupa o terceiro lugar, com 59 pontos, atrás de São Paulo (62) e Flamengo (60).
- Acho inadequada a pergunta, que só deve ser feita no fim da temporada. Mas não há dúvidas em relação a isso (permanência de Muricy) - garantiu.
'Racha pontual'
O problema com Maurício e Obina trouxe à tona um assunto que passou a ser frequente nos bastidores do Palestra Itália. Pelos corredores do clube, comenta-se que existe um racha no elenco. O assunto ganhou certa força há duas semanas, quando cogitou-se que alguns atletas teria ciúmes de Vagner Love pelo alto salário do atacante e sua baixa produtividade. O tema foi prontamente negado por jogadores e diretoria.
Depois da derrota para o Grêmio, jogadores como Marcos e Danilo apontaram uma falta de interesse por parte de alguns jogadores e indicaram que os atletas mais jovens não andam comprometidos com a equipe.
- O ambiente vinha sendo bom, pois não se consegue com um time rachado fazer partidas como as que fizemos com Corinthians (2 a 2) e Goiás (4 a 0). Houve um racha pontual porque o lado emocional pesou (no jogo com o Grêmio), o distanciamento do título e a forma como perdemos os jogadores (Obina e Maurício foram expulsos). E isso gerou um lado emocional muito forte e alguns jogadores deram essas declarações – disse Toninho Cecílio. |