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20/08/2009 - Marcelo Vita: ex Guarani, Vasco, Udinese, Internacional, Touro do Vale e outros

A infância de Marcelo nas adjacências do Mercado Municipal de Mococa -SP foi marcada pelas peladas em alguns terrenos baldios da rua 7 de Setembro. O moleque saudavelmente magro e rápido levava a melhor sobre muito marmanjo metido a zagueiro. Papai Aristides hoje falecido, babava e vaticinava que o filhão ainda iria vestir a camisa titular do São Paulo. Em 79, com 16 anos, Marcelo se integrou aos Juniores do Radium F.C de Mococa-SP. Durante 7 meses atuou pelo Verdinho marcando muitos gols. Algumas vezes ficou no banco de reservas do time principal que disputava a Terceira Divisão.

Marcelo estourou no São Sebastião (Estádio do Radium F.C) numa quarta-feira a tarde num difícil jogo contra a Guairense. O Técnico Jair Brasília botou fé no menino de 16 anos e na metade do segundo tempo o colocou em campo no lugar do meia-direita Serginho. O jogo aconteceu no dia 17 de outubro de 79. O moleque marcou os dois gols da vitória por 2 x 0 e deixou o matador do time Calada, caladinho. Agora o Matador era ele. Até o final do campeonato Marcelo atuou outras vezes e marcou alguns gols.

No início de 80 Marcelo tomou rumos de Campinas -SP e baixou no Brinco de Ouro (Estádio do Guarani). Ele encontraria no Guarani a melhor estrutura para as categorias de base existente no futebol brasileiro. No primeiro ano atuando pelo juniores do bugre Marcelo foi campeão paulista da categoria. O time revelou ainda o zagueirão Júlio César, que atuou por muito tempo no futebol alemão, e o goleiro Sidmar, que encerrou a carreira no Japão.

As atuações de Marcelo pelo Guarani renderam uma convocação para a Seleção Brasileira que iria disputar o Campeonatro Mundial de Juniores na Austrália. Na fase preparatória o técnico da Seleção foi Vavá. Durante o Mundial o comando passou pra ninguém menos que Telê Santana. O Brasil ficou com o 2º Lugar, sendo derrotado pela Alemanha na final. A equipe titular era formada por: Pereira, Josimar, Júlio César, Mauro Galvão e Nelsinho, Ronaldo e Lela, Cacau, Marcelo Vita e Djalma Bahia. Este último, jogador da portuguesa de Desportos, morreu um ano depois (81) num acidente automobilistico.

Marcelo subiu para o time principal do Guarani no final de 80. Na estréia, contra o São Bento de Sorocaba, ele marcou três gols. Careca era seu companheiro de ataque. Em 81 o Guarani vendeu Careca para o São Paulo e Marcelo se tornou o homem-gol do alvierde campineiro. Durante 3 anos o jovem atacante se manteve como titular, sempre nas boas graças da torcida com suas arrancadas, cabeceios precisos e arremates certeiros. Um bom time aquele Guarani: Sidmar, Mauro, Júlio César, Édson e Miranda, Éderson, Jorge Mendonça e Ãngelo, Lúcio, Marcelo Vita e Ernani Banana ou Bozó.

A transferência para o Vasco da Gama - RJ aconteceu em 83. No ano seguinte Marcelo foi artilheiro da Taça Rio e já marcava mais gols do que o seu companheiro Roberto Dinamite. Ainda em 84 o Vasco disputou a final do estadual contra o Fluminense e acabou derrotado por 1x0, gol do paraguaio Romerito. A equipe base do Vasco tinha esta formação: Acácio, Donato, Daniel Gonzalez, Nenê e João Luiz, Dudu, Giovani e Mário, Mauricinho, Roberto Dinamite e Marcelo Vita.

O Vasco foi o time de Marcelo até 85. Neste ano a Udinese, da Itália adquiriu seu passe. Mas o jogador atuou por pouco tempo por causa da agregação européia que ja tinha 3 jogadores estrangeiros que era o máximo como exigia a legislação Italiana. Marcelo rotornou ao Brasil, emprestado ao S.C Internacional de Porto Alegre.

No Sul, o atacante se tornou bicampeão gaúcho (86 e 87). No primeiro jogo da decisão de 86, contra o Grêmio, o time colorado venceu por 3 x 1, com dois gols do matador Marcelo. A equipe bicampeã em 87 era formada por: Taffarel, Luis Carlos Winck, Pinga, Mauro Galvão e André Luiz, Ademir, Ademir Alcântara e Ruben Paz, Jussiê, Marcelo Vita e Silvinho. Durante 5 anos Marcelo foi o dono da camisa 9 do Internacional. No final de 90 uma grave contusão no joelho direito daria outros rumos a sua carreira. Ele ficou alguns meses afastado da bola tratando da contusão; Quando se recuperou já não tinha lugar no time porto-alegrense e teve o passe emprestado ao Joinville. Ficou pouco tempo em Santa Catarina e aceitou convite do Vitória da Bahia.

O retorno ao futebol paulista, aconteceu em 91, para defender o Araçatuba, time que disputava a Divisão Intermediária. Os gols de Marcelo levaram o Araçatuba ao título e à ascesão á Primeira Divisão. Depois Marcelo passou por outros times interioanos, como Barretos, Inter de Limeira, Botafogo de Ribeirão Preto, Bandeirantes de Birigui. Quando encerrou sua carreira em 95 no Pelotas -RS onde apresentava plena forma física e técnica.


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