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08/01/2009 - Eduardo Afonso fala um pouco sobre sua vida, carreira, transplante, etc...

Figura de uma simplicidade extrema, Eduardo Affonso, na foto entrevistando Rogério Ceni, estampa no sorriso fácil seu modo de ser. Competente e sempre em busca de superação, não titubeou em trocar a tranqüilidade de uma das mais tradicionais rádios do Brasil para viver mais um grande desafio em sua vitoriosa carreira.

Determinado, ousado, competente, torcedor declarado da Lusa, é esse Eduardo Affonso que já superou momentos difíceis, como um transplante de rim que o afastou por 6 meses da profissão.

MN – Como e quando você começou?
Eduardo Affonso – Comecei em 1986, na Rádio Brasil 2000 FM, que estava no ar desde 1985. Fui levado pelo meu grande amigo, Rubinho Vianna, hoje diretor da rádio, para ser discotecário e atender telefone de madrugada. Posteriormente, passei a operador e a locutor, permanecendo nessa emissora por três anos. De lá fui para Itu, onde trabalhei dois anos na FM 90 e no Jornal Periscópio, chegando a editor de esportes. Acompanhei o acesso do Ituano em 1989. Em 1990, fui para a Difusora Oeste de Osasco, trabalhar na Equipe Furacão, simultaneamente, trabalhei na Equipe Líder, em várias emissoras pequenas, fazendo jogos da Lusa e no jornal Correio Paulista, onde tenho uma coluna até hoje. Em 2004 fui para a Bandeirantes, no Grupo, além da AM, trabalhei no Band Sports, Band Sat, na TV Bandeirantes e no Site. Fiz também um Torneio de Toulon pela TV Cultura e participei de 40 edições do Arena SporTV. Desde abril de 2007 estou na Eldorado e na ESPN Brasil.

MN – Você teve incentivo de seus pais ou precisou vencer barreiras para chegar onde chegou?
EA – No início não. Meu pai tinha comércio e eu o ajudava. Larguei tudo por essa aventura na rádio. Sem ganhar nada. Foi um momento difícil, porque meus pais não acreditavam que eu poderia vencer na vida nessa profissão. Cheguei a sair de casa e ir morar com u ma tia nos primeiros meses.

MN – Se inspirou em algum profissional? Qual ou quais?
EA – Eu sempre escutei muito rádio AM, e jornadas esportivas. Principalmente a Rádio Bandeirantes, por causa do meu pai. Mas o cara que sempre me inspirei como pessoa e profissional é o Ricardo Capriotti.

MN – Você tem algum sonho que ainda não realizou?
EA – Eu já fiz muita coisa na profissão que foram bem além dos meus sonhos. Mas, sem dúvida, me falta como currículo cobrir uma Copa do Mundo.

MN – Você deixou a tradicionalíssima Rádio Bandeirantes para encarar o desafio da Eldorado/ESPN. Explique.
EA – Permaneci por 14 anos na Rádio Bandeirantes, que foi minha casa nesse tempo todo. Lá aprendi tudo, ou o pouco que sei. Trabalhei com profissionais do mais alto calibre (José Silvério, Milton Neves, Dirceu Maravilha, Fiori Gigliotti, Dalmo Pessoa, Mauro Beting, Cláudio Zaidan, Roberto Avalone, entre outros). Porém nos últimos anos a rádio ficou estagnada e eu também. Não havia como crescer mais. Estava como um balão no teto. Aí surgiu a parceria de duas empresas conceituadas (ESPN e Grupo Estado). O convite foi feito e me agradou em todos os sentidos. Por isso a troca. Está sendo um novo desafio.

MN – Como repórter, qual seu ídolo atual e passado?
EA – Não tenho ídolos, mas admiro muita gente; entre os repórteres, Ricardo Capriotti (sempre), embora hoje ele esteja em outra função; Leandro Quesada (foi meu companheiro de jornada durante 12 anos), Luis Carlos Quartarolo e Wanderley Nogueira, Osmar Garrafa. Entre os novos, destaco o Conrado Giulieti, que é meu parceiro na Eldorado e Rafael Prates, da Record.

MN – Escale uma equipe (um locutor, um comentarista, dois repórteres e um plan tão) do presente e do passado reunindo na sua opinião os melhores profissionais.
EA – Vou escalar entre os que trabalhei, até para não cometer injustiças: José Silvério, Paulo Calçade, Leandro Quesada, Eduardo Affonso e Cláudio Zaidan.

MN – Qual seu melhor e pior momento até hoje?
EA – Meu momento mais difícil foi em 2006 quando devido a transplante de rim, fiquei sem trabalhar durante cinco meses e com medo de não poder retornar s profissão. Foram meses angustiantes, mas tive o total apoio da Bandeirantes, do diretor Carbone e dos amigos. Passei um momento difícil em Los Angeles, em 1996, quando desmaiei no estádio com cólica renal num jogo do Brasil e só acordei no hospital. Bons momentos foram tantos... No Brasil quando comecei, em Itu, quando fiz futebol pela primeira vez, em Osasco, na Band. Prefiro não citar um específico.

MN – Acha que a Copa de 2014 no Brasil será benéfica ou não para o futebol e os profissionais brasileiros?
EA – Para o futebol tenho minhas dúvidas. Depende muito da infraestrutura que será deixada como herança. Para os profissionais, qualquer Copa é benéfica, não importa onde ela seja realizada.

MN – E para o Brasil como um todo?
EA – Eu particularmente fui contra e sou contra a realização da Copa aqui. Por vários motivos, mas o principal é que muita gente desonesta vai lucrar com o evento, de forma absurda.

MN – Já agradecendo pela atenção e a simpatia de sempre, deixe sua mensagem.
EA – Moura, você é um dos grandes amigos que fiz nestes 22 anos de carreira. Apesar da distância, o considero muito por tudo o que fez por mim quando estive em Itu. Aqueles que lendo esta matéria estão pensando em seguir carreira no jornalismo esportivo, digo que vale a pena. Mas não se iludam que nunca foi e nunca será fácil. Requer dedicação constante. E para seus leitores um 2009 repleto de realizações, saúde, alegrias e sucesso. Sempre na Paz de Deus.


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