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25/01/2010 - Wagner Cordova, ex-zagueiro do América, Seleção Paulista e Sertãozinho

Na foto da capa o time do Sertãozinho em 1974: De pé: Zezão, Pedro Santini, Duda, Tonhé, Wagner e Nivaldo; agachados: Zé Antônio, Mané, Toninho, Paraguai e João Paulo



Na foto da matéria: zagueiro Wagner defendeu a seleção paulista numa excursão à Ásia, entre 26 de março e 26 de maio de 1973. O time era comandado pelo técnico José Teixeira e contava, entre outros, com o centroavante Serginho Chulapa. Na foto, a equipe que enfrentou a seleção do Irã, no estádio de Teerã. De pé: Luizão, Tércio, Jair Gonçalves, Ojeda, Wagner e Laércio; agachados: Roco (massagista), Ivan, Feitosa, Tata, Serginho Chulapa e China



O América sempre procurou dar oportunidade aos jovens jogadores que surgem na região. É um trabalho árduo, iniciado na década de 60, que prossegue até hoje e requer muita atenção e olho clínico. Os meninos são trazidos para o clube, lapidados por especialistas e, às vezes, viram objeto de consumo de agremiações mais poderosas, gerando recursos ao Rubro. Em alguns casos, porém, quando estão prontos para alçar vôos mais altos, os craques ficam reféns de cartolas gananciosos, que se recusam a negociá-los, mesmo por uma oferta compensadora. Um desses casos é o de Wagner Cordova, talentoso zagueiro vindo de Nova Granada. Ele começou a carreira aos 16 anos na equipe amadora do Granadense. José Macario, o Zé do Olho, torcedor fanático do América, não perdia um jogo no estádio Mário Alves Mendonça e indicou o novato ao técnico Wilson Francisco Alves, o Capão. Agradou logo no primeiro coletivo e foi integrado aos aspirantes de 1970. Estreou no profissional dia 31 de janeiro de 1971, no empate sem gols com o Palmeiras, de Leão, Eurico, Luís Pereira e outros, na comemoração do "Jubileu de Prata" do América. Firmou-se como titular e dos 22 jogos do Paulistinha, ele atuou em 18. Fez parte do time que ganhou a "Taça dos Invictos" ao ficar 12 partidas sem perder no Paulistinha de 1972.

No ano seguinte, Wagner chamou a atenção de José Teixeira, técnico da seleção paulista que estava sendo montada para excursionar pela Ásia entre 26 de março e 26 de maio. O zagueiro foi convocado junto com o ponta-esquerda Lélio, também do América. Foram 17 jogos, com 11 vitórias, três empates e três derrotas. Retornou ao América e continuou em alta. Foi cobiçado por Santos e Guarani, mas os dirigentes do Vermelhinho rejeitaram ofertas por empréstimo e só o liberariam em definitivo por Cr$ 500 mil. Para se ter uma idéia, era o mesmo valor pedido pelo atacante Milton, vendido ao Palmeiras. Não houve acordo e Wagner foi desanimando na Vila Santa Cruz.

Campeão estadual amador em 1972
Wagner se orgulha de ter ajudado o América a conquistar o título da Copa LS de Futebol Amador, o Amadorzão do Estado, promovido em 1972 pelo jornal "A Gazeta Esportiva" e patrocinado pela Brinckmann do Brasil. O campeonato era eliminatório e reuniu cerca de 60 agremiações de todo Estado. O segundo turno do Paulistão não começava e alguns jogadores do profissional reforçaram os aspirantes. Depois de muitos confrontos, todos fora de casa, na semifinal o Rubro ganhou de 1 a 0 do Ressaca do Tatuapé, no Parque São Jorge, em São Paulo, gol de Geraldo no final da partida. Na outra semifinal, o Cruzeiro de Jardinópolis venceu a Gazeta Esportiva de Campinas pelo mesmo placar, no campo do Comercial, em Ribeirão Preto. Na decisão, domingo, 9 de julho, o América ganhou de 2 a 1 do Cruzeiro, no Mário Alves Mendonça, e faturou o título. O ‘xerifão’ voltou ao profissional, onde permaneceu até março de 1974. Titular absoluto, participou dos amistosos preparatórios para o Paulistinha, contra a Inter de Bebedouro e o Fernandópolis.

O América estava concentrado no hotel Lago Azul para o jogo de estréia no campeonato, contra o Paulista, em Jundiaí, quando Wagner recebeu a informação que não jogaria. "O Birigüi (Benedito Teixeira) chegou dizendo que eu estava vendido e que não poderia ser escalado", recorda Wagner. "Porém, estou esperando a transação até hoje", acrescenta o ex-jogador, nascido em 22 de outubro de 1952. Dobreu, de contrato renovado, formou a dupla de zaga com Jairzão e o América ganhou de 1 a 0, gol de Zuza. Wagner tinha propostas do Comercial e do Rio Preto, mas não foi liberado. Acabou acertando com o Sertãozinho, onde ficou três meses por empréstimo. Voltou ao América, mas só treinava em separado. Insatisfeito, juntou suas coisas e foi embora. Mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como bancário. Depois atuou durante sete anos como superintendente da base de Barueri da empresa Esso. Demitido em 1981, pegou o dinheiro da indenização e comprou o mercado fundado na década de 40 pelo sogro, Nego Biava, e uma chácara em Nova Granada, onde mora até hoje com a mulher, Mariza Tereza, e os filhos Marcel, Murilo e Márcio.



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