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28/08/2009 - Um pouco mais sobre Ataliba, o gaguinho do Juventus, Timão e outros

Nos anos 70, o Clube Atlético Juventus (SP) era uma pedra no sapato do Corinthians com surpreendentes vitórias, fato que remetia ao distante 1930, quando foi protagonista de uma das maiores zebras da época, com vitória sobre o Timão por 2 a 1, resultando, na época, no apelido de "Moleque Travesso", dado pelo jornalista esportivo Thomaz Mazzoni, do jornal "A Gazeta".

Há três décadas, o grande carrasco do Corinthians era o negro Édson Ataliba Cândido, nascido no dia 9 de julho de 1956. O rápido e oportunista ponteiro-direito Ataliba marcou nada menos que nove gols em 12 jogos contra o Timão e os cartolas corintianos decidiram tirá-lo do caminho, contratando-o.

Ataliba era o destaque do Juventus, que contava com medalhões descartados pelo Corinthians, casos do volante Tião, meia Luciano Coalhada e o atacante Geraldão. Em 1980, o time base do Juventus era formado por Bacalli, Cedenir, Arnaldo, Deodoro e Paulinho; Tião, Luciano Coalhada e César; Ataliba,
Geraldão e Wilsinho.

Por que Luciano Coalhada? A justificativa era a incrível semelhança com o personagem "Coalhada" criado pelo humorista Chico Anysio, de bigode e cabelos black-power. A rigor, na época, cabelos crespos compridos estavam na moda. Além de Luciano, Geraldão, Arnaldo e Tião usavam aqueles pentes de
madeira ou aço inoxidável, com cerdas largas, capazes de deslizarem nas vastas cabeleiras.

Se naquela época Ataliba mantinha o cabelo crespo bem aparado, agora, "cinquentão", é mais vaidoso e no layout mostra cabelos longos e cacheados, do tipo Ronaldinho Gaúcho, graças à fartura de produtos disponíveis no mercado para transformação de cabelos. Com essa "nova cara" foi flagrado jogando a costumeira bolinha ao lado atletas do passado, em recente evento apoiado pela Prefeitura de São Paulo.
No Corinthians, Ataliba foi coadjuvante dentro e fora de campo. Chegou ao Parque São Jorge em 1982 e, naquele mesmo ano, como reserva, integrou a patota da democracia corintiana no título paulista e na participação até a semifinal do Campeonato Brasileiro.

Na conquista do Paulistão de 1982, diante do São Paulo, Ataliba fez fantástica jogada que resultou em gol do atacante Casagrande. E quando alguém lembrar da histórica goleada do Timão por 10 a 1 sobre o Tiradentes do Piauí, no dia 9 de fevereiro de 1983, tem de citar que marcou um dos gols. Sócrates fez quatro, Paulo Egídio dois e marcaram, ainda, Biro-Biro, Wladimir e Vidotti.

Na época, Ataliba participava do segundo escalão do bloco da democracia corintiana, juntamente com Biro-Biro, Zenon, Zé Maria e Eduardo Amorim.

Ataliba era gago e não foi devidamente instruído para a prática de exercício que visa melhorar a fluência da fala, terapia que controla de forma eficiente à gagueira. Para os desavisados, Gago também é sobrenome de jogador de futebol. O argentino Fernando Gago, meio-campista do Boca Junior da Argentina, tem sido assediado pelos principais clubes espanhóis -Real Madrid e Barcelona.

Gagueira à parte, Ataliba ainda recusou proposta para jogar no Palmeiras em 1984 e se transferiu para o Santos. Naquela mesma temporada, novamente como reserva, foi campeão paulista. Depois ainda jogou pelo Santa Cruz (PE) e percorreu a velha e dura estrada da volta no futebol, em clubes do interior paulista.


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