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02/06/2009 - Atlético Monte Azul, o orgulho da região chega a elite do futebol Paulista

ESQUADRÃO - Uma das formações do Atlético Monte Azul de 1946. Em pé, da esquerda para a direita: Vado, Loca, Boter, Batistela, Cézar Lupi e Naldo; agachados, na mesma ordem: Zé Oscar, Carvalho, Dimas, Joanin e Chaim. Na época, a equipe ainda vivia a fase de amadorismo




Um dos clubes mais tradicionais do Interior é o Atlético Monte Azul, que completou 89 anos no dia 29 de abril e, recebeu seu maior presente na semana passada, com a conquista do acesso inédito para o Paulistão, a elite do futebol estadual. A agremiação foi fundada por um grupo de abnegados, que fazia do esporte o maior entretenimento da pequena cidade, conhecida por "Princesinha da Colina". Entre 1896 - data de fundação de Monte Azul do Turvo (hoje Monte Azul Paulista) - e 1920, vários times representaram o vilarejo em cotejos pelo sertão interiorano. Um dos mais famosos foi o Imparcial Futebol Clube. Com a finalidade de formar uma equipe mais poderosa e que atraísse mais público, cartolas de vários times da época se reuniram e criaram o Atlético Monte Azul. O nome foi sugerido por José Cione. Paschoalino Pasqual foi escolhido o primeiro presidente. José Cione, Indalécio de Castro, Anisceto de Souza, Benedicto da Rocha Neves, Zelindo Rossi, Jocelino da Silva, Orfeu Gianasi, Olívio Gomes e Deuclides de Britto completaram o primeiro quadro diretivo.

De acordo com o jornal "O Município", a equipe se apresentou pela primeira vez no dia 30 de maio de 1920, contra a Internacional, de Bebedouro. A publicação, entretanto, não mencionou o resultado da partida. O Monte Azul formou com Alfredo; Jocelyno e Guerino; Honorato, Venâncio e Fernandes; Olívio, Neco, Dorta, Henrique e Celeste.
Após vários amistosos na região, dirigentes decidiram criar, no dia 9 de dezembro de 1923, o estatuto do clube. Além dos jogos eram realizados eventos para angariar fundos. A agenda do time estava sempre lotada, com amistosos e torneios em Ariranha, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Campinas, Catanduva, Colina, Jaborandi, Monte Alto, Olímpia, Pindorama, Pitangueiras, Rio Preto, Ribeirão Preto, Sorocaba, São Paulo e outras cidades. Com a doação de uma área, o clube passou a mandar seus jogos no estádio do AMA. Dirigentes investiram para a instalação de cerca, cadeiras, arquibancadas de madeira e pequenos vestiários para os dois times e os árbitros. A inauguração ocorreu em 6 de agosto de 1944, na derrota de 1 a 0 para o Barretos.

Três anos depois, cartolas trouxeram o Corinthians para um amistoso. O jogo tornou-se histórico. Veio gente da região toda para ver os craques do alvinegro da Capital. Cerca de 3 mil pessoas se espremeram no acanhado estádio e presenciaram a vitória corintiana por 2 a 1, com dois gols de Cláudio para o Timão, e Carvalhinho para o Atlético. O duelo memorável aconteceu no dia 24 de agosto de 1947, um domingo. Só em 1950, o Monte Azul passou a disputar competições promovidas pela Federação Paulista de Futebol. Na Segundona (naquela época existiam apenas duas divisões), a equipe contava com Batistela, Loca, Zé Oscar, Carvalho, Alemãozinho, Pirangi e outras feras. Três anos depois, em razão do elevado custo, diretores pediram afastamento da Segundona e a equipe voltou a disputar competições amadoras. Na década 1960, lá foi o Atlético novamente integrar o quadro da FPF. Depois de alguns anos como figurante nas divisões de acesso do Paulista, o Atlético Monte Azul licenciou-se da federação novamente em 1975.

Clube brilha a partir de 1991
Graças ao empenho de Otávio Bittar Gomes, Vadão Arroyo e do doutor Cláudio Gilberto Patrício Arroyo, o Monte Azul ressurgiu com força total em 1989, após 14 anos de inatividade. Em 1991, terminou entre os primeiros colocados da Série B-2 (Quinta Divisão) e subiria para a B-1. Porém, por causa do estádio o acesso não foi homologado pela federação. "A entidade exigia capacidade para 5 mil pessoas e no nosso campo cabiam 1 mil", diz Bittar, presidente da época. Sem desanimar, a diretoria voltou a investir no ano seguinte e fez outra campanha incrível, mas teve o acesso novamente rejeitado pela FPF. Já como bicho-papão, o Monte Azul foi campeão da Série B1-B em 1994. Naquele ano haviam as séries A-1, A-2, A-3, B1-A, B1-B e B2. Pelo regulamento os dois primeiros da B1-A e o campeão da B1-B subiam para o A-3. Após 24 jogos, com 15 vitórias, três empates, seis derrotas, 44 gols marcados e 26 sofridos, o Azulão levantou o caneco. O acesso foi garantido na penúltima rodada, com a vitória de 2 a 1 sobre o Primavera, em Monte Azul Paulista, no dia 2 de outubro de 1994. Na despedida, já com vários desfalques, o time da região perdeu de 4 a 1 para o Guaçuano, em Mogi Guaçu.

Na classificação final, o Monte Azul somou 33 pontos, seguido por Guarulhos com 32, Guaçuano 30, Garça 29, Primavera e Serra Negra 28, José Bonifácio 26, Andradina 23, Santa Fé 22, Rio Claro 21, Vocem de Assis 14, Esportiva Guaratinguetá 13 e Guairense 10. Fernandópolis e Inter de Bebedouro foram os promovidos do B1-A para o A-3. A diretoria ampliou a capacidade do "Ninho do Azulão" e a equipe disputou a Série A-3. A euforia deu lugar à tristeza no ano seguinte com o rebaixamento seguido pelo recesso de um ano. Em 1997, o Azulão retornou as atividades e sete anos depois foi campeão da Segunda Divisão (Série B-1), subindo para o A-3, sob o comando do técnico Vilson Tadei. Carimbou o passaporte antecipadamente com o triunfo de 2 a 0 sobre o Linense, em Lins, na sexta-feira, 17 de setembro de 2004, pela penúltima rodada do octogonal decisivo. No dia 26 venceu a Santarritense por 2 a 0 no jogo das faixas. Em 2007, foi vice-campeão do A-3 e alcançou o A-2. Nas finais contra o Olímpia, empatou sem gols fora de casa e perdeu de 2 a 1 em seu território. Nesta temporada, atingiu a glória maior com o acesso inédito ao Paulistão, levando a cidade à loucura. O objetivo agora é chegar à decisão e ser campeão para coroar o empenho do presidente Ricardo Arroyo e todos os diretores
Por: Edwellington Villa


Hino do Atlético Monte Azul

La vem o "AZULÃO" provocando emoção
Aguenta coração! Bandeira a tremular
Nos campos da bola, nos campos da vida
Histórias a contar...
Um grito de fé! olé!
Um grito de goool !
É muita ginga, é muita raça pra louvar
E a galera num só coro a cantar
La vem...
Vem AMA...

AMA de muita glória e tradição
AMA o seu passado é altaneiro
Atletico Monte Azul ! Ostentas a vitória !
Escudo anil da cor do céu do meu Brasil
Tu és o orgulho neste canto varonil
La vem...
Autor: Antonio Josede Siqueira


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